segunda-feira, 15 de junho de 2015

Reflexões do Café com Prosa – Pós Modernismo

O movimento pós-modernista é definido por características sócio-culturais e estéticas que marca o capitalismo da era contemporânea, modificações da esfera cientifica, artística e social, a submersão dos meios de comunicação e de informática, com a enorme influência do universo virtual, alienação, e o apelo comunista que seduz o homem pós-moderno.
Na sociedade pós-moderna em que vivemos tudo é efêmero. As ciência e transformações estão cada vez mais velozes, a verdade nunca é absoluta, tudo é mutável, se reinventa a todo o momento.
A primeiro momento pode-se pensar que a sociedade pós moderna é uma condição de liberdade... Mas aí que podemos ver a camisa de força escondida, fantasia de livre escolha. Progressivo empobrecimento existencial, vivemos em um mundo de incertezas, onde estamos acostumados com o mundo virtual e a facilidade de “desconectar-se” das pessoas, não conseguimos manter  relacionamentos a longo prazo.
Vivemos em um mundo onde tudo é feito às pressas, onde tudo se volta para o consumismo, tudo é passageiro e a necessidade de solidificar relações está suspensa.  Pessoas são tratadas como bens de consumo, se tiverem defeitos são descartadas por “versões mais atualizadas”. Relacionamentos são líquidos, não são feitos para durar.  Da mesma forma que acontece com nós, que somos meros objetos da sociedade, também acontece com a tecnologia. Logo a internet não será mais confiável nas relações. Amanhã o computador que utilizamos será ultrapassado, os smartphones não irão mais suprir as necessidades pessoais e profissionais. Todos esses objetos serão trocados, sendo substituídos por uma nova tecnologia. Um sistema que produz pessoas alienadas e doentes, afim de uma economia sadia. Entretanto, a tecnologia não consegue (ainda) suprir ou substituir sensações e sentimentos humanos.
Contudo, todo regra há exceções. É possível conciliar mundo virtual e real desde que haja maturidade e estabilidade. Cabe ao homem não se adequar-se a isso, não se entregar ao sistema.
Mas como fugir deste modelo da sociedade? Inconscientemente acabamos entrando em armadilhas da sociedade. Apesar do profundo mal-estar existencial da nossa sociedade fragmentada, onde há a fragilidade de valores, e independente as circunstancias do consumismo da nossa sociedade materialista, é preciso que haja esforços efetivos e cuidado com o próximo, devemos criar uma nova compreensão ética em relação ao meio em que vivemos de modo que possamos manter a nossa condição existencial estável.



Isabele Ohneszorge

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