Reflexões do Café com Prosa
– Pós Modernismo
O movimento pós-modernista é
definido por características sócio-culturais e estéticas que marca o
capitalismo da era contemporânea, modificações da esfera cientifica, artística
e social, a submersão dos meios de comunicação e de informática, com a enorme
influência do universo virtual, alienação, e o apelo comunista que seduz o
homem pós-moderno.
Na sociedade pós-moderna em
que vivemos tudo é efêmero. As ciência e transformações estão cada vez mais velozes,
a verdade nunca é absoluta, tudo é mutável, se reinventa a todo o momento.
A primeiro momento pode-se
pensar que a sociedade pós moderna é uma condição de liberdade... Mas aí que
podemos ver a camisa de força escondida, fantasia de livre escolha. Progressivo
empobrecimento existencial, vivemos em um mundo de incertezas, onde estamos
acostumados com o mundo virtual e a facilidade de “desconectar-se” das pessoas,
não conseguimos manter relacionamentos a
longo prazo.
Vivemos em um mundo onde
tudo é feito às pressas, onde tudo se volta para o consumismo, tudo é
passageiro e a necessidade de solidificar relações está suspensa. Pessoas são tratadas como bens de consumo, se
tiverem defeitos são descartadas por “versões mais atualizadas”. Relacionamentos
são líquidos, não são feitos para durar.
Da mesma forma que acontece com nós, que somos meros objetos da
sociedade, também acontece com a tecnologia. Logo a internet não será mais
confiável nas relações. Amanhã o computador que utilizamos será ultrapassado,
os smartphones não irão mais suprir as necessidades pessoais e profissionais.
Todos esses objetos serão trocados, sendo substituídos por uma nova tecnologia.
Um sistema que produz pessoas alienadas e doentes, afim de uma economia sadia.
Entretanto, a tecnologia não consegue (ainda) suprir ou substituir sensações e
sentimentos humanos.
Contudo, todo regra há
exceções. É possível conciliar mundo virtual e real desde que haja maturidade e
estabilidade. Cabe ao homem não se adequar-se a isso, não se entregar ao
sistema.
Mas como fugir deste modelo
da sociedade? Inconscientemente acabamos entrando em armadilhas da sociedade.
Apesar do profundo mal-estar existencial da nossa sociedade fragmentada, onde
há a fragilidade de valores, e independente as circunstancias do consumismo da
nossa sociedade materialista, é preciso que haja esforços efetivos e cuidado
com o próximo, devemos criar uma nova compreensão ética em relação ao meio em
que vivemos de modo que possamos manter a nossa condição existencial estável.
Isabele Ohneszorge
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