sábado, 25 de abril de 2015

Acerca de Rousseau, Spinoza e Descartes

A idéia de que o homem é bom, ou nasce bom, nos fazem discordar de Rousseau. Para nós, o homem nasce mal, ele sempre terá tendência a depravação. Um dos cinco pontos do calvinismo(TULIP), a Depravação Total, diz que com a queda de Adão, toda a raça humana é afetada, toda a humanidade encontra-se morta em delitos e pecados. O homem é incapaz de salvar a si mesmo. Assim, as gerações vindouras de adão nasceram todas em pecado, porque até então, no Jardim do Éden, o pecado não existia, mas por causa de Adão e Eva, o pecado passou a existir e se fez parte de gerações por gerações até os dias de hoje. Vale ressaltar também que o meio em que o homem vive o corrompe sim, mas não por culpa do seu meio, e sim pela questão do homem estar sempre intencionado a ser depravado. Seguindo essa linha, encaixamos o pensamento de Spinoza, esse que dizia que Deus é um ser soberano e inquestionável, que não necessita de nós, mas dependemos dele. Acreditamos na idéia de Spinoza que diz que só vamos nos conhecer de fato quando também tivermos ciência da natureza, a essência do objeto ou da sua causa mais próxima. De fato, o homem só se conhece quando ele também tem conhecimento das coisas que o rodeiam, e quanto mais conhecimento ele obter da natureza em que convive, mais identidade própria ele irá adquirir. Descartes nos diz que o corpo tem a mesma dignidade e natureza que a mente, e que a mente é a substância pensante e o corpo a substância extensa. Cremos que ambos são dependentes um do outro, sem a mente o corpo não funciona, sem o corpo a mente não tem utilidade. O pensamento leva a ação.

João Wesley Lazarini
Vinicius Schultz

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